Semelhante à massagem, a liberação miofascial manual ou instrumental serve para:
- Ajudar a destacar mais a musculatura;
- Aumentar a mobilidade articular;
- Favorecer execução dos movimentos;
- Diminuir a sobrecarga e tensão nos músculos e articulações;
- Preparar a musculatura que vai ser trabalhada;
- Melhorar a circulação e a respiração;
- Promover mudanças progressivas nos níveis físico e emocional;
- Relaxar a musculatura;
- Ajudar na liberação do ácido lático;
- Ajudar na recuperação muscular e recovery esportivo;
- Diminuir riscos de lesões;
- Proporcionar saúde e bem-estar.
Legal, você viu pra que serve e os diversos benefícios que essa técnica traz, mas afinal o que é fáscia?
Provavelmente você já deve ter ouvido falar nas academias, assistindo um vídeo de alguém famoso ou por algum amigo que já fez e gostou, mas e aí, o que é essa tal fáscia?
Fáscia é um tecido conjuntivo que funciona como uma espécie de envelope e ‘separa’ as diferentes estruturas do corpo. Ele envolve as articulações, os ossos, os vasos, os nervos, os órgãos, as vísceras e a musculatura, dando sustentação a eles e fazendo com que consigam manter sua forma e transmitir força.
Ah, e sabe aquela nozinho ou pontinho dolorido, geralmente nas costas, que você nota quando treina ou após um dia cansativo de trabalho? Pode ser uma dor de origem de pontos gatilhos miofasciais. O queeeeê???
Calma que vou explicar rsrs.
Os pontos-gatilhos miofasciais (PGM) são nódulos hiperirritáveis ao longo de uma banda tensa dentro de um músculo esquelético.
Pra resumir, são pontinhos que geram dor local ou que parece caminhar para outros locais do corpo.
As vezes, a gente gasta dinheiro com exames e vários especialistas tentando achar a origem dessa dor sem sucesso. Um profissional que trabalha com a liberação miofascial e desses pontos gatilhos, pode facilmente identifica-los apenas com as mãos e liberá-los, aliviando as dores.
Mas por que aparece esses pontos ou nós?
Existem algumas teorias, mas vamos falar da visão de Simons. O uso repetitivo do músculos leva à sobrecarga, aumenta a liberação de acetilcolina, resultando na contração dos sarcômeros musculares locais (uma pedacinho do músculo) e na formação do nódulo de contração ou ponto-gatilho.
Depois, os vasos sanguíneos são comprimidos e ocorre hipóxia local (chega menos sangue). A má troca de nutrientes e resíduos leva à produção de substâncias químicas nocivas que geram dor.
Dessa forma, a liberação do ponto gatilho (por técnicas de compressão isquêmica, agulhamento, etc.) fornece uma força externa que pode “separar” os sarcômeros e reduzir a compressão nos vasos sanguíneos, permitindo chegar mais sangue local, nutrientes e remover os resíduos que sobraram.
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Fontes:
Moraska, Albert F et al. “Responsiveness of Myofascial Trigger Points to Single and Multiple Trigger Point Release Massages: A Randomized, Placebo Controlled Trial.” American journal of physical medicine & rehabilitation vol. 96,9 (2017): 639-645.